Mensagens do Natal não é o primeiro livro de poemas de Marina Stella. Antes, ela publicou Vozes do Coração (1927) e Sursum Corda (1944). Sursum Corda significa Corações ao Alto. É uma expressão latina, que era utilizada em missas. A tradução acho que ainda é usada. De acordo com o Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras, de Nelly Novaes Coelho, Marina Stella Quirino Marchini era uma escritora com estilo simbolista e espiritualista. Então, de fato, muitos dos poemas que veremos neste blog são assim.
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[Descrição da imagem para acessibilidade: Capa do livro sobre fundo verde escuro. A capa do livro é azul, com um desenho de uma mão feminina segurando um suporte com vela acesa. Essa vela brilha bastante, e outra mão da mesma pessoa sente o calor da chama. O nome da autora está escrito acima, Marina Stella, com letras vermelhas. O título está escrito abaixo do desenho, Mensagens do Natal, com letras vermelhas.]
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Este livro é o mais singelo, e por esse termo entendemos que é o mais acessível. Bem simples e de fácil entendimento. Mas já cumpriu pelo menos um papel de interromper uma briga familiar. Sim, é uma exaltação a sentimentos bons. Algo provavelmente necessário naqueles tempos e em nossos tempos.
A capa foi desenhada por Marigê, sua filha. Marigê Quirino Marchini, além de ser poeta, crítica e tradutora, era também exímia desenhista. No dicionário supracitado, seu verbete ficou confundido com o verbete de sua mãe poeta. Na Enciclopédia de Literatura Brasileira, de Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa, constam os dois verbetes, um para cada escritora.
[Descrição da imagem: Livro aberto na primeira página com o título e nome da autora, e as informações São Paulo, 1961.]
Eu poderia esperar o Natal, mas achei melhor colocar este livro logo no inicio, pelas suas características singelas. No Natal, tentarei trazer alguns poemas.
[Descrição da imagem: livro aberto, na página à esquerda está a informação "Capa de Marigê", e na página à direita está uma introdução com exortações construtivas.]
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Agora, devo dizer que muitas dessas exortações não estão necessariamente vinculadas a uma religião específica, mas podem ser adotadas por pessoas de toda espiritualidade construtiva.
No momento, é isto, mais uma etapa na tarefa de sermos historiadores de nós mesmos, algo que todo mundo pode fazer.
Elisa Sayeg